sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Insónias

Sempre ouvi dizer que as insónias eram lixadas...e realmente parecem sê-lo.

Tenho estado às voltas na cama, e nem sinal do sono chegar e dar cabo de mim.
Já estou nisto há mais de duas horas e nada. É um vira para aqui, um rebola para ali. Uma mensagem a este, uma sms àquela. É uma pestana dentro do olho que irrita a valer, é uma dúvida existencial fora de horas. A incerteza sobre um futuro, a barriga a roncar de fome. É um calor abafado, um peso na consciência.

Nada disto seria tão chato se dentro de umas horas não tivesse de acordar para o meu último dia de estágio de verão.

"Quero dormir e não consigo...tens remédio para isso?".
Sim, podia ser a questão para uma sondagem para o blog, mas neste caso o objectivo era mesmo procurar mesinhas caseiras para chamar o sono.
Mas nem os conselhos para adormecer parecem funcionar: contar carneirinhos; ler António Lobo Antunes; rezar o terço; etc.
Nenhuma delas funcionou, ora porque não me dou a religiosices, ora porque alguém me levou emprestado o Lobo Antunes, ora porque em vez de carneirinhos só via sardaniscas, e então vim para aqui despejar a confusão que me revirava a cabeça, me apertava a barriga, e me sufocava o peito (sim, porque uma actualização às 2 e tal da manhã, quando no dia seguinte se tem de acordar cedo, não é propriamente devida a uma repentina inspiração divina - que bonito...deve ser finalmente o sono a chegar, que até já consigo fazer rimas!).

Agora que já apanhei balanço vou aproveitar o momento e saltar para a cama, que ele parece que já chegou (o sono! o sono!).

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

De boas intenções...estaria este blog cheio!

Tinha eu ouvido dizer que este blog ia ser actualizado todos os dias...


Quem o disse...é uma grande mentirosa!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Olá (cá estamos nós outra vez)...

Porque a erva que o Jorge Palma fumou no dia em que escreveu esta letra devia ser de boa qualidade; e porque hoje o espírito teve como banda sonora esta música...

Olá!
Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada,
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê,
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez.

Conheço a tua cara
mas não sei o teu nome,
Escrevo já aqui "não-sei-o-quê@.com".
Eu vou-te reencontrar
Noutro bar de estação,
Ou talvez quando perder mais um avião.
O barco vai de saída,
Tu estás tão bronzeada
É tão bom ver-te assim, ardente
Tão queimada.

Eu quero reencontrar-te
Noutra esquina qualquer,
Sem saber o teu nome
Ou se ainda és mulher.
Quero reconhecer-te e beber um café,
Dizer-te de onde venho
e perguntar-te porquê.
Sorrir-te cá do fundo
e subir os degraus.
Eu quero dar-te um beijo
A cinquenta e tal graus.

Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada,
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê,
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez
Cá estamos nós outra vez...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mais verão...

E porque para além de post's patéticos há ainda tempo para deixar post's medíocres, aqui voltamos a tocar no verão.
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Está bem que o dia hoje não está propriamente veranil...
Digamos também que chuva no mês de Agosto é uma treta...
Mas continuamos a estar nesta bendita estação e, como em qualquer Verão que se preze, há que ter uma música a ela associada todos os anos.
Se o ano passado posso dizer que a minha música de verão foi a "Boa Sorte" da Vanessita e do Ben (que, mau azar o deles, ou o meu, de tanto ouvir comecei quase quase a enjoar), declaro então oficialmente que a música deste Verão é...(rufem os tambores)...
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"I'm yours" do Jason Mraz!!!
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Não bastava a música ser suficientemente fresquinha, tinha ainda de ser cantada por um jeitoso daqueles!
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Caso para dizer: "Mraz!!! I'm yours!!!" (se ele quisesse...)
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domingo, 10 de agosto de 2008

Bailes de Verão

Ora parece-me que afinal voltei mais cedo do que o previsto, já que a inspiração me assaltou, ao mesmo tempo de uma chamada que me acordou, às 13h, solicitando a minha presença numa praia perto de mim...a qual recusei (isso, chamem-lhe burra!!!).

Mas falando de coisas sérias: os abençoados Bailes de Verão.
Este fenómeno singular na natureza costuma acontecer apenas numa época do ano, precisamente no Verão. Pode durar alguns dias, entre dois fins-de-semana a uma semana inteira, e habitualmente "ajunta" (como em bom "Bailês" se diz) toda uma panóplia de seres bizarros.
O tipo de festividades também varia: são desde concentrações MotardEs Gatos da PicaMurcha, a Bailes MEGAlómanos em terriolas de nomes absolutamente ZOUPARRIAntes. Os bizarros seres, que têm como habitat natural este tipo de manifestações, são identificáveis a olho nu:

- Há os indivíduos de longos cabelos e barbas compridas, apresentando coletes de cabedal e lenços ao pescoço (a última moda desde há décadas), e que não utilizam cuecas, de modo a fazer juz à filosofia do "Andar em liberdade". O gosto musical é comum entre esta espécie: Xutos e Pontapés; não se manifestando grandemente, quando se aproximam de Rios Grandes e Gordos (à excepção de um ou outro, em que a incontinência o obriga a andar de penico na mão).

- Temos ainda o fiel consumidor do Fino e do bitoque no pão (quando este pitéu já se esgotou, umas moelas no pão também são aceites). Esta espécie pode também ser identificável noutros contextos que não os de Baile, num qualquer café Central com umas "Mine's" e um prato de "Tramoços" e "Minuíns" à frente. Estes seres dirigem-se aos bailes fundamentalmente para beber e apreciar as "cachopas" presentes.

- Depois temos também os turistas, aqueles que, não fazendo parte destes ambientes, uma ou outra vez decidem sair da toca para "ajabardar" noutras redondezas, mas atenção que nenhum deles é "um jabaliiiiii!!!!".
Enquanto forasteiros estes seres têm como objectivo beber até cair (nem que seja ao praticar uma qualquer arte marcial de karaté kid, ou mesmo no hall de entrada da própria casa), e fazer as mais tristes figuras, desdenhando os comentários dos conterrâneos locais, como subir a palcos, de fino na mão, para dançar com os atrevidos vocalistas, e demonstrar o espectacular passo D'Almeidanizado.
Depois desta dinâmica grupal há que voltar a casa e regressar de novo (com o risco de apanhar brigadas ou ter um acidente) na insconciência alcoolicamente induzida, para mais alguma rockalhada insanamente saudável: roubar antenas; mijar em casas alheias; roubar vassouras; descobrir garagens; passear de Smart; enfeitar pelourinhos; etc etc etc.
Com o amanhecer, esta espécie regressa então a casa, pegando no carro de outros, tão alcoolicamente afectados como eles, para assim voltar ao lar com a satisfação de quem passou uma noite em cheio, e de quem traz quatro croissants a fumegar, comprados num desvio feito à pastelaria do bairro.
Depois da barriguinha cheia, esta espécie costuma ainda deitar-se, agarrando-se às bordas da cama que teima em andar à roda, adormecendo de telemóvel na mão, e dormindo até que a secura a acorde.

De todas as espécies, esta última é a minha preferida :)

sábado, 9 de agosto de 2008

Nota de boas vindas...a mim!

E foi depois de alguém perguntar "Olha lá, porque não fazes um blog?" que me decidi então a embrenhar pelos caminhos da blogosfera.

Esta decisão não foi tomada de ânimo leve, houve algum tempo de profunda reflexão (uns longos 3 segundos viriam a determinar a decisão).

Agora eis-me aqui, disposta a vos deixar post's verdadeiramente patéticos, dando-vos assim a conhecer a minha verdadeira essência, e contribuindo definitivamente para o crescimento da comunidade bloguística da treta.

Entretanto despeço-me por hoje. Voltarei quando a inspiração der sinal de si (quem sabe para o ano).

Hasta!