sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Contos de Fadas Modernos

Porque todas as histórias deviam começar e terminar desta maneira:
.
"Era uma vez...
.
.
...e fo(de)ram felizes para sempre"

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

LATADelinquênciA


3ª feira, dia 28 de Outubro de 2008, 13 horas e uns quantos minutos.

Quatro figuras vestidas de negro vagueiam pelo Mercado Municipal cuscando os nabos expostos.
As vendedoras, adivinhando o que pretendem, aproximam-se cautelosamente dos tais produtos alimentícios, em gesto de protecção de propriedade.
Hesitantes e apreensivos, os estudantes balançam na decisão entre cumprir efectivamente a tradição, ou precaver-se de possíveis problemas com as autoridades (da fruta e dos legumes).
Uma das figuras trajadas repete constantemente "eu não sou capaz, eu não consigo, eu não sou capaz..."
Entretanto, avista-se numa banca isolada um atractivo molho de nabos, mas a dona da banca acusa-se quando o senhor do talho grita "Roubem aqueles que estão sozinhos!", ao que a dita senhora responde com um berro e um olhar feroz "Mas já têm dono!!!!".
Alguns ligeiros momentos de voltas e hesitações se processam quando, num momento muito preciso, a senhora se afasta até uma outra banca.
É nesse instante que a mais pequena estudante começa a calcular as probabilidades a seu favor: "Bem...ela é velha, está ali daquele lado, se eu for devagar e passar pelos nabos, saco de um num instante e saio porta fora, a velha não me consegue apanhar por mais que corra..."
E eis senão quando, de repente, num milésimo de segundo, surge um impulso irreflectido...e dá-se o assalto!
A velha desata a gritar "Apanhem essa p***!!!Anda cá sua p***, sua granda p***!!!".
Já cá fora, a pequena universitária pensa estar a salvo, com o coração a mil e o corpo a tremer de tanta adrenalina, quando olha para trás e vê um avental verde mesmo atrás de si e uma molhada de nabos e ramas a serem atirados contra ela!
Desata novamente a correr, só parando quando se esconde atrás da paragem, e apanha o primeiro autocarro que aparece.
Naquele momento sentiu-se tão delinquente, mas estranha e simultaneamente tão orgulhosa e satisfeita!

(...nunca, como nessa manhã, me senti cumprir tanto a praxe académica!)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Merdas II (desta vez sem aspas!)

As merdas continuam a atrapalhar o seguimento normal desta vidinha medíocre...
.
Merdas que roubam as horas para dormir, e acumulam as horas de sono; que fazem andar numa correria ao lado do comboio, sem o conseguir apanhar.
São as 1001 coisas para fazer e os 1,001 % de vontade, capacidade e aptidão para elas.
Merdas que mal dão tempo para coisa pouca. E nem mesmo a Latada sai imune...
.
Que haja pelo menos tempo para mais um jantar, mais uma serenata, mais um convívio, mais uma bebedeira de Latada...porque ainda assim haverá sempre tempo para mais uma noite agreste nesta vida académica...
.
...e de merdas... (da qual "só o cheiro se herda", já o diz o Manel Cruz)

sábado, 11 de outubro de 2008

"Merdas"

Mas porque é que ultimamente a frase que mais repito é "trabalhos e merdas"?

Que grande pleonasmo...Para quê utilizar duas palavras sinónimas na mesma frase?...

Tenho mesmo de rever os meus conhecimentos gramaticais...

sábado, 4 de outubro de 2008

Minhas ricas argolas de ouro!

Em finais do passado ano lectivo apercebi-me de que o sucesso, em duas das áreas de especialização do Mestrado Integrado em Psicologia, dependia da satisfação de dois pré-requisitos:

- Psicologia das Organizações e do Trabalho - garrafa de água de litro e meio (só quem se faz acompanhar por este exemplar tem a possibilidade de ficar pela faculdade; Casos conhecidos: Prof. Dra. "Eu sou um mulherão!"; Prof. Assistente "Eu quero ser um mulherão como ela mas não consigo");

- Intervenções Cognitivo-Comportamentais nas Perturbações Psicológicas e Saúde - argolas de ouro (parece ser exigência do Exmo. Prof. Dr. Psi-psi-psi-psiquiatra de que as suas colaboradoras utilizem este acessório decorativo; Casos conhecidos: Prof. Dra. Monocórdia; Prof. Dra. "Branco mais Bege não há").

Com tanto trabalho a bater à porta...acho que o melhor é ir já a correr comprar umas argolas...mesmo que só sejam douradas e de fantasia! Há que investir no futuro!