À parte de o 24 de Fevereiro de 2009 coincidir com o Carnaval, e de haver milhentos desfiles "pseudo-abrasileirados" por esse Portugal fora, onde se vêem amontoados de banhas e celulites aos saltos, homens mascarados de p****, e cabeçudos em movimentos giratórios...é neste dia que "comemoro" um ano sobre o fim do meu Erasmus...
-Tempo: tristemente chuvoso e cinzento____-Tempo: solzinho a antecipar a primavera
-Estado de espírito: igual ao tempo________-Estado de espírito: calmamente insatisfeito
Ora...esta informação, embora não seja a suficiente para fazer um grande balanço, faz-me concluir que as coisas mais chatas que se manifestavam no ano passado, continuam a estar presentes (malditos quilos a mais!), e que as coisas realmente importantes de mudar ainda carecem de ser repensadas...
No entanto, nem tudo é/foi assim tão simplista...
Depois de um período daqueles, pode-se dizer que quando se regressa as coisas vão ser iguais, mas isso pelos vistos não acontece.
Muda-se sem se dar conta, e só nos apercebemos quando as pessoas que nos recebem chamam a atenção para isso.
As prioridades alteram-se, as exigências e os interesses também, e passamos a sentir que já não se é capaz de corresponder às expectativas dos outros...mesmo quando achamos que não se tem de mudar a mudança que trouxemos connosco.
Chega-se repleto de projectos, planos, motivação, que cedo acabam frustrados quando de alguma forma nos cortam as asas e nos damos conta que nem tudo é um mar de rosas.
Dão-se afastamentos, aproximações, reaproximações. Vai-se largando aquilo com que já não se identifica, e procurando aquilo que nos preencha as medidas.
Cresce-se? Amadurece-se? Estupidifica-se? A alguns magoa-se, a outros surpreende-se.
Coisas boas surgem para serem de imediato substituídas por outras menos boas. E assim por diante...
Sem dúvida que este ano que passou foi um ano cheio...pelo menos cheio de descoberta de mim e dos outros, nas coisas boas, e menos boas...
Alguns chamar-lhe-iam "crescimento pessoal", eu prefiro chamar-lhe "fodido comó caraças", é que crescer às vezes dói...