sábado, 27 de dezembro de 2008

Natal(idade) Feliz

Há uns tempos, durante a época de exames do segundo semestre do ano passado, formulei uma teoria baseada em dados fidedignos, obtidos através de um instrumento bastante válido e fiável.

Em vez de estar a estudar, pus-me a reparar nas datas de aniversários que tinha gravadas no calendário do meu telemóvel.

Assim constituí a minha investigação (muito pouco) experimental:
- Tomei como amostra total as 74 datas de aniversário agendadas no telemóvel(N=74);
- Depois verifiquei qual era o mês com mais aniversariantes: Setembro(12);
- De seguida, a partir de uma fórmula que sabiamente a Mãe Natureza criou, verifiquei que o 9º mês (contando para trás,a partir de Setembro) era Dezembro;
- Posto isto, pus-me a especular, sobre as possíveis razões de tal fenómeno:

* O frio desta época obriga as pessoas a passarem mais tempo em casa, e para compensar as faltas de exercício físico ao ar livre, passam a fazê-lo enfiadas na cama;
* As cartas das criancinhas, dirigidas ao Pai Natal, com pedidos de manos ou manas, obrigam os pais a trabalhar mais afincadamente nesta altura, para concretização dos desejos dos seus filhotes;
* O Bolo Rei, ao contrário do que se pensava, não deixou de trazer brinde, as senhoras é que o passaram a engolir sem dar conta;
* O ambiente religioso desta quadra cria nas pessoas um desejo irresistível de heresia, que os faz entregarem-se ao pecado da carne;
* À meia-noite do dia 25 de Dezembro, enquanto uns assistem à missa do Galo, outros galam-se missionariamente;
* As grandes festas de passagem de ano, e o champanhe a mais bebido nessa ocasião festiva, não apresentam dor de cabeça nem ressaca no dia seguinte, mas só 9 meses depois.

Depois de tantas hipóteses formuladas, conclui singelamente que as festividades natalícias, proporcionavam tendências para a natalidade (talvez venha daí o nome: Natal...nascimento de Jesus...).

Mais engraçado ainda, é constatar que eu mesma constituo uma dessas tendências para a natalidade, pois faz hoje 22 anos que os meus pais se casaram, e curiosamente, nasci 9 meses e dois dias depois da celebração do matrimónio...

No meu caso falta saber qual das hipóteses se adequa...se sou um brinde de Bolo Rei...ou uma dor de cabeça de ressaca...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Feliz Natal...era sem enxoval!

Todos os anos a mesma coisa...

Bacalhau, batata e couve cozinha, afogados em azeite, e o Telejornal (qualquer que seja o canal) a transmitir os resumos de imagens de todo o ano, os pratos natalícios das várias regiões do país, ou as estatísticas dos acidentes, mortos e feridos nas estradas portuguesas durante a "Operação Natal".

A mesa a abarrotar de doces, salgados e frituras boas para o colesterol, a celulite, e a banha.

Junta-se a família como é de bom tom, e quando o "piqueno" já está difícil de aturar, a pedir pelo Pai Natal, alguém decide ir à casa de banho (todos os anos há sempre alguém que fica com um desarranjo intestinal na hora de chegada do Pai Natal...durante muitos anos fui eu a "cagar" no assunto...mas este ano deram-me descanso).

Chega um Pai Natal engraçadote, sempre com o mesmo diálogo todos os anos, mas toda a gente faz questão de continuar a mandar umas gargalhadas. Puxam-se os sacos, tiram-se as prendas, dizem-se os nomes, entregam-se aos destinatários:
"Olha um pijama!"
"Olha umas cuecas!"
"Olha 10 euros!"
"Olha uns brincos!"
"Olha mais 10 euros!"
"Olha um cachecol!"
"Olha um mp4!" (alguma coisa tem de valer a pena...)

E a coisa começa a piorar quando se continuam a abrir as prendas seguintes...
"Olha uns napronzinhos...deixa adivinhar...foi a avózinha!"
"Olha uma toalhinha de mesa...oh...foi a tia."
"Olha outro napronzinho...foi a outra tia..."
"Olha uma balança da Tupperwear...oh mãe...foste tu?!"

Eu sei que é dado com amor e carinho, gosto muito do gesto e tal...mas...querem-me casar à força ou quê?!

Compreendo a tradição do enxoval, entendo que venha a ser muito útil, acho até que um dia lhe acharei muita piada...mas quem disse que as rapariguinhas a partir dos 12 anos precisam disso?

Vão ter assim tantos móveis onde pôr todo o tipo de napronzinho e rendinha que lhes ofereçam?
De referir também que até se casarem (se é que se casam mesmo...não sei porque ainda insistem de que esse deve ser o destino de toda a moça...) já as coisas que estão arrumadas na arca passaram de moda, foram comidas pela traça, ou deixaram de funcionar!

Chega de enxoval...please!!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Questão Divina

Porque é que há freiras que têm filhos?

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...

...

Porque é pecado usar contraceptivos e abortar...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A língua portuguesa (tão traiçoeira!)

Estar atenta nas aulas é uma das minhas virtudes (cof...cof...cof...), especialmente quando surgem intervenções tão (pouco) pertinentes vindas directamente das mais ilustres figuras da faculdade.

Já o ano passado, vinha a única Machado capaz de cortar a raíz ao nosso pensamento, para aquelas aulas gigantes de quatro horas, nas quais, durante 3:59 minutos, se ouvia falar de toda uma variedade de assuntos: era desde o dia-a-dia das filhinhas "Mariazinha" e "Teresinha", às peculiares experiências com o senhor seu marido.

Acredito que se abordassem outros tantos assuntos interessantes naquelas aulas, infelizmente, ou não estava presente para os escutar, ou adormecia durante o resto do tempo.

Adormecia...mas acordava mal saía disparada alguma frase tão sugestiva como a do "arroto libertador após uma mamada", ou ainda a não menos famosa revelação sobre "os tintins encadernados do marido".

Mas mesmo agora, num 2º ciclo de estudos, num mestrado integrado, onde a seriedade devia ser pré-requisito, e a maturidade vir ao de cima, surgem nas aulas expressões capazes de activar mentes mais atentas (e perversas), tais como "...tira e põe, tira e põe, tira e põe...para quê?".

Para alunas realmente atentas e interessadas na matéria, claro que a única resposta possível seria: "Para fazer bebés!".

Ideia que é, logo de seguida, confirmada e reforçada quando a Lady das Metáforas continua com a sua explicação dizendo que: "...e pode-se pôr uma, e duas, e três simultaneamente...".

Depois admiram-se que certas e determinadas pessoas se manifestem com risos sonoros e compulsivos, e se tenham de desculpar com um "Desculpe, é extra-aula...".

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

É como a gelatina!

As "Gelly-já" são rápidas e bem boas!

...mas as "Royal" são de melhor qualidade e mais consistentes!


(P'ra quem não percebeu a metáfora...Paciência! É porque é mais consumidor de Pudin Flan...)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A cisma

Esta semana foi-nos dada uma autêntica lição de "educação para as ilusões".
Quem sabe sabe, e o Dr. Daniel Rijo é que sabe quando diz: "O amor não existe!".
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Nunca uma frase fez tanto sentido!
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É verdade meus amigos, essas merdices de amor e paixões e coraçõezinhos e tretas não existem.
Não há amor nem paixão, há estados fisiológicos momentâneos que se parecem assemelhar a essas coisas.
Uma pessoa pode estar "apaixonada" num momento, e cinco minutos depois já não sentir isso.
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O que existe não é portanto paixão, mas sim uma cisma na mesma coisa, um gosto em bater com a cabeça nas paredes pela mesma coisa.
As pessoas não são apaixonadas, são cismáticas!
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Ninguém se apaixona; ora o que acontece é que as pessoas são condicionadas através de um reforço intermitente (do tipo "quando devias estar quietinho é que apareces" ou "agora que devias aparecer é que dás à sola"), que faz com que esse condicionamento se torne muito mais difícil de extinguir. Nestes casos é necessária então uma dessensibilização. E isto é psicologia!
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Por isso é que enquanto umas são "Terra-a-terra" e "Fodilhonas" (temos de te arranjar outro nome que este é muito forte para meter no blog), outras são "Indecisas"...
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Ou melhor, segundo Ventura (2008), "Tu não és indecisa! És demasiado decidida na mesma coisa!".


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Em águas de bacalhau...

O estado que melhor descreve este blog nos últimos tempos é sem dúvida "em águas de bacalhau".

Actualizações? Que é delas?!

A vontade e o tempo não têm sido muitos, e como tal peço perdão a todos os aficcionados (que pelas minhas contas serão uns...2/3...), que insistentemente se dirigem a este espaço tão (pouco) lúdico e didáctico, para saber que novas por aqui andam.

Ora...aqui...e agora...nem novas nem velhas...

Deixo-vos, no entanto, uma das mais recentes parvalheiras altamente saudáveis, que incluem remixes de cantigas académicas. Sintam-se honrados por conhecerem, em primeira mão, o próximo hit da Queima:

"FRA! Sofá! FRE! Café! FRI! Xixi! FRO! Cocó! FFFFFFRUUU! Tofu!!!"


(ok...já me calei...para intervenções destas, mais vale deixar o blog continuar em águas de bacalhau...)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Contos de Fadas Modernos

Porque todas as histórias deviam começar e terminar desta maneira:
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"Era uma vez...
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...e fo(de)ram felizes para sempre"

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

LATADelinquênciA


3ª feira, dia 28 de Outubro de 2008, 13 horas e uns quantos minutos.

Quatro figuras vestidas de negro vagueiam pelo Mercado Municipal cuscando os nabos expostos.
As vendedoras, adivinhando o que pretendem, aproximam-se cautelosamente dos tais produtos alimentícios, em gesto de protecção de propriedade.
Hesitantes e apreensivos, os estudantes balançam na decisão entre cumprir efectivamente a tradição, ou precaver-se de possíveis problemas com as autoridades (da fruta e dos legumes).
Uma das figuras trajadas repete constantemente "eu não sou capaz, eu não consigo, eu não sou capaz..."
Entretanto, avista-se numa banca isolada um atractivo molho de nabos, mas a dona da banca acusa-se quando o senhor do talho grita "Roubem aqueles que estão sozinhos!", ao que a dita senhora responde com um berro e um olhar feroz "Mas já têm dono!!!!".
Alguns ligeiros momentos de voltas e hesitações se processam quando, num momento muito preciso, a senhora se afasta até uma outra banca.
É nesse instante que a mais pequena estudante começa a calcular as probabilidades a seu favor: "Bem...ela é velha, está ali daquele lado, se eu for devagar e passar pelos nabos, saco de um num instante e saio porta fora, a velha não me consegue apanhar por mais que corra..."
E eis senão quando, de repente, num milésimo de segundo, surge um impulso irreflectido...e dá-se o assalto!
A velha desata a gritar "Apanhem essa p***!!!Anda cá sua p***, sua granda p***!!!".
Já cá fora, a pequena universitária pensa estar a salvo, com o coração a mil e o corpo a tremer de tanta adrenalina, quando olha para trás e vê um avental verde mesmo atrás de si e uma molhada de nabos e ramas a serem atirados contra ela!
Desata novamente a correr, só parando quando se esconde atrás da paragem, e apanha o primeiro autocarro que aparece.
Naquele momento sentiu-se tão delinquente, mas estranha e simultaneamente tão orgulhosa e satisfeita!

(...nunca, como nessa manhã, me senti cumprir tanto a praxe académica!)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Merdas II (desta vez sem aspas!)

As merdas continuam a atrapalhar o seguimento normal desta vidinha medíocre...
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Merdas que roubam as horas para dormir, e acumulam as horas de sono; que fazem andar numa correria ao lado do comboio, sem o conseguir apanhar.
São as 1001 coisas para fazer e os 1,001 % de vontade, capacidade e aptidão para elas.
Merdas que mal dão tempo para coisa pouca. E nem mesmo a Latada sai imune...
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Que haja pelo menos tempo para mais um jantar, mais uma serenata, mais um convívio, mais uma bebedeira de Latada...porque ainda assim haverá sempre tempo para mais uma noite agreste nesta vida académica...
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...e de merdas... (da qual "só o cheiro se herda", já o diz o Manel Cruz)

sábado, 11 de outubro de 2008

"Merdas"

Mas porque é que ultimamente a frase que mais repito é "trabalhos e merdas"?

Que grande pleonasmo...Para quê utilizar duas palavras sinónimas na mesma frase?...

Tenho mesmo de rever os meus conhecimentos gramaticais...

sábado, 4 de outubro de 2008

Minhas ricas argolas de ouro!

Em finais do passado ano lectivo apercebi-me de que o sucesso, em duas das áreas de especialização do Mestrado Integrado em Psicologia, dependia da satisfação de dois pré-requisitos:

- Psicologia das Organizações e do Trabalho - garrafa de água de litro e meio (só quem se faz acompanhar por este exemplar tem a possibilidade de ficar pela faculdade; Casos conhecidos: Prof. Dra. "Eu sou um mulherão!"; Prof. Assistente "Eu quero ser um mulherão como ela mas não consigo");

- Intervenções Cognitivo-Comportamentais nas Perturbações Psicológicas e Saúde - argolas de ouro (parece ser exigência do Exmo. Prof. Dr. Psi-psi-psi-psiquiatra de que as suas colaboradoras utilizem este acessório decorativo; Casos conhecidos: Prof. Dra. Monocórdia; Prof. Dra. "Branco mais Bege não há").

Com tanto trabalho a bater à porta...acho que o melhor é ir já a correr comprar umas argolas...mesmo que só sejam douradas e de fantasia! Há que investir no futuro!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Maioridade à moda antiga

Faz vinte e um anos que algo de extraordinário aconteceu no mundo!



Ainda estou é para saber o quê...

sábado, 27 de setembro de 2008

Y se pasó un año...


Foi há precisamente um ano que peguei em malas e bagagens e rumei a caminho de Santiago de Compostela.
Não fui a pé, mas a emoção que me acompanhava poderia assemelhar-se à de um peregrino, não de caminhos religiosos, mas da vida.

Hoje, depois de ter regressado já há uns bons meses, as saudades são muitas, muito da cidade, mas especialmente das pessoas, e dos momentos por lá vividos com elas.
Às vezes ainda me vem à mente imagens das ruas, dos prédios, dos monumentos, dos amigos. De acontecimentos muito particulares que tornaram cada local ainda mais especial, e que preencheram cada episódio.

Foram os Botellons, com as milhentas pessoas que traziam toda uma panóplia de bebidas alcoólicas (compradas a bom preço no Carrefour), com as quais se podiam fazer boas mesclas.

Foram as copas, as cañas, os kalimoshos, os licores de orujo.

Foram os croissants de chocolate, mistos, simples, às tantas da madrugada, quando regressavamos, de uma qualquer ronda nocturna, à nossa casita minúscula, que não fazia pandan com a fachada monumental do prédio.

Foram as tapas, o chocolate com churros, os caprichos de Santiago, os magustos (depois admira-se que regressa gorda...).

Foi a siesta que desregulava o horário trazido da santa terrinha.

Foi a Catedral e a missa do peregrino que me converteu em religiosa devota (pelos menos durante os minutos em que comunguei).

Foi a Praza do Obradoiro e o canto de parabéns pela Tuna de Derecho, as preguiças ao sol e o eclipse lunar.


Foi o Bonaval e a sua relva verdemente fresca que acolhia lindos pôr-de-sóis.

Foram as crianças espanholas, saídas de autênticas revistas de moda infantil ou de montras das lojas de roupa de criança, com sapatinhos de verniz, meias até aos joelhos com pompons, calções ou saia (dependendo do sexo da criaturazinha) de xadrez, camisa branca, casaco de malha, e lacinho de cetim no cabelo.

Foram as espanholas, que perpectuam o asseio e impecabilidade ensinado na infância, andando sempre bem arranjadinhas de dia, com as últimas modas da Berska, Stradivarius, Mango, etc, e atingindo à noite o topo do arranjo: é só ver saltos altos, mini-saias, e uma boa maquilhagem, nada é descurado nem esquecido.

Foram os espanhóis, que me fizeram passar a olhar para todo o espanhol e colocar a hipótese se ele não será gay, e que nos faz pensar onde está o macho latino espanhol, estilo António Banderas?!

Foi o galego, língua similar ao português do interior, fechado, e com um acento especial no "s", fazendo lembrar os parolos da aldeia, mas que constitui um grande orgulho para os membros desse "país".

Foi a vizinha que se via da janela do quarto na sua rotina diária, envergando o seu fato de treino azul, sentada na sua cadeirinha, junto à mesinha com o candeeiro e as suas palavras-cruzadas.

Foi a vizinha que se ouvia alto e bom som em gritos, berros e gemidos nocturnos (às vezes também matutinos ou até vespertinos), que acordavam a vizinhança, que acabava, por sua vez, por berrar ainda mais alto "Cállate perra!".

Foi a colega de casa, que quando decidia vestir o papel de fada do lar e tentava cozinhar, conseguia simultaneamente fazer simulação de incêndio; ou que, distraída como só ela, fechava a porta do quarto, com as chaves por dentro, e se lembrava de utilizar facas alheias para abrir a dita cuja porta, não obtendo (logicamente) êxito com essa tentativa.

Foram os amigos músicos que embalavam os serões em reggaes brasileiramente animados, acompanhados por narguil de mentol.

Foram as amigas cariñosas companheiras de passeios, viagens e noitadas.

Foram as despedidas dolorosas, as trocas de lembranças, e as promessas de visitas.

Foram...e sempre serão, dos melhores momentos jamais vividos.

Santiago...hasta loguiño!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Deprimissão"

Depois de tanta euforia...

Hoje deu-se-me uma "pontada de deprimissão"...

É estranho olhar para a sala de aula e não vos ver...fazem(-me) falta por lá...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Revivências

Poxa!

Então não é que já me tinha esquecido que ser caloira cansava à brava?!

Nunca mais me infiltro!

Rentrée

Acabou-se a papa doce...chegou ao fim o último dia de férias.

Embora elas tenham chegado tarde, foram ao menos bem aproveitadas: foi desde bailes silvestrenses a passeios invictos, de campismos chuvosos a praias nocturnas, de almoços mcdonaldicamente calóricos a noites agrestes; tudo isto sempre acompanhado de umas boas pitadas de amizade e boa disposição q.b. .

Acabou-se...mas nem por isso é mau sinal! Que a vida académica nos aguarda ansiosa (duvido que mais ansiosa que eu) pelo regresso!
Avizinham-se praxes, saídas, festas, jantares, noites (e dias também claro está)!
O reencontro com as colegas de sempre e as amigas de coração! E será já amanhã que tudo isso começará!

Resta-me dizer: Bem-vindo ano 2008/2009, bem-vinda vida académica!

domingo, 21 de setembro de 2008

Férias?! Não obrigado, prefiro um estagiozinho fresquinho

Hoje reparei que nunca aqui tinha falado da minha grande ocupação deste verão.
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Ora quando o tempo aquece, os exames terminam e sol radia, há quem tenha o bom senso de tirar umas férias (quer seja ali ao lado, nas ventanias figueirenses, quer seja em destinos mais "internacionais" para o bolso português, tais como o Algarve), mas há também os idiotas que se lembram de se meter em...
...Estágios de Verão!
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Pois bem...há gostos para tudo (e agora vem a parte (que já toda a gente percebeu) de anunciar que me incluo no segundo grupo).
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O meu rico estágio (que de rico pouco teve, porque não recebi nada por ele) teve lugar no Hospital Pediátrico de Coimbra.
Era vê-la todos os dias a acordar cedo para ir para o Pavilhão de Alergologia (um edificiozinho rosa sujo, escondido lá atrás, e que nunca ninguém sabe onde é) ou para o Departamento de Pedopsiquiatria, assistir a consultas de criancinhas (isto quando elas se dignavam a aparecer).
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Apesar de o mês de Agosto ser padrasto para quem se mete neste tipo de estágios, pois a quantidade de faltas às consultas aumenta devido às férias, e embora tenha abdicado de uns quantos banhos de sol nas praias algarvias, este estágio valeu bem a pena ao me permitir um contacto mais próximo do mundo de trabalho que me espera (Inshalá!).
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Durante esse mês pude assistir a consultas de terapia familiar (permanecendo escondida atrás do espelho, tipo C.S.I.), passagens da WISC e outros testes que tais, consultas de genética com adultos, e ainda tive o imenso gosto de participar no Campo de férias D.T.T. (Diabéticos Todo-o-Terreno).
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Foi neste campo de férias, com miúdos diabéticos dos 10 aos 15 anos, que fui confrontada com a novidade, e estranheza, da denominação de "Dôtora".
Ao fazer parte da equipa técnica do campo de férias senti, pela primeira vez, a pressão do cargo profissional enquanto regulador de interrelações sociais. Apesar da vontade de dizer aos putos "Quê?Dôtora?Trata-me por tu!", percebi a necessidade de estabelecer uma certa distância, enquanto manutenção de autoridade e respeito.
Mas para além da parte "séria" ainda se teve direito a fazer praia, ir à piscina, fazer arborismo, canoagem, rally pedestre e caminhada pela serra! E ainda aprendi uma boa quantidade de coisas sobre diabetes, equivalentes, hidratos de carbono, etc (úteis para a dieta!).
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Por isso, apesar de fazer parte do grupo dos idiotas, sinto-me uma idiota satisfeita com a minha opção!(mas...fiquemo-nos por esta idiotice...que não são precisas mais!)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Finalmente!

É verdade sim senhor!
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Finalmente sairam as colocações nas áreas de especialização, no 2º ciclo do Mestrado Integrado em Psicologia, e o meu nome estava lá na lista dos colocados em ICCPPS (e agora perguntam: "Mas que porra é essa?", e eu respondo com toda a satisfação: "Intervenções Cognitivo-Comportamentais nas Perturbações Psicológicas e Saúde!").
É um nome grande que se farta, mas foi a minha primeira opção e estou realmente contente.
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Pode-se dizer que hoje foi um dia bom (com direito a venda de postais e finos no Couraça ao som da tuna de Medicina)! :)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Mas porquê?!

Diz que não mandamos nos pensamentos, e diz também que não adianta forçar quando não acontece o "click"...

Então agora digam-me...

...porque raio não me sai da cabeça?...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Insónias

Sempre ouvi dizer que as insónias eram lixadas...e realmente parecem sê-lo.

Tenho estado às voltas na cama, e nem sinal do sono chegar e dar cabo de mim.
Já estou nisto há mais de duas horas e nada. É um vira para aqui, um rebola para ali. Uma mensagem a este, uma sms àquela. É uma pestana dentro do olho que irrita a valer, é uma dúvida existencial fora de horas. A incerteza sobre um futuro, a barriga a roncar de fome. É um calor abafado, um peso na consciência.

Nada disto seria tão chato se dentro de umas horas não tivesse de acordar para o meu último dia de estágio de verão.

"Quero dormir e não consigo...tens remédio para isso?".
Sim, podia ser a questão para uma sondagem para o blog, mas neste caso o objectivo era mesmo procurar mesinhas caseiras para chamar o sono.
Mas nem os conselhos para adormecer parecem funcionar: contar carneirinhos; ler António Lobo Antunes; rezar o terço; etc.
Nenhuma delas funcionou, ora porque não me dou a religiosices, ora porque alguém me levou emprestado o Lobo Antunes, ora porque em vez de carneirinhos só via sardaniscas, e então vim para aqui despejar a confusão que me revirava a cabeça, me apertava a barriga, e me sufocava o peito (sim, porque uma actualização às 2 e tal da manhã, quando no dia seguinte se tem de acordar cedo, não é propriamente devida a uma repentina inspiração divina - que bonito...deve ser finalmente o sono a chegar, que até já consigo fazer rimas!).

Agora que já apanhei balanço vou aproveitar o momento e saltar para a cama, que ele parece que já chegou (o sono! o sono!).

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

De boas intenções...estaria este blog cheio!

Tinha eu ouvido dizer que este blog ia ser actualizado todos os dias...


Quem o disse...é uma grande mentirosa!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Olá (cá estamos nós outra vez)...

Porque a erva que o Jorge Palma fumou no dia em que escreveu esta letra devia ser de boa qualidade; e porque hoje o espírito teve como banda sonora esta música...

Olá!
Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada,
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê,
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez.

Conheço a tua cara
mas não sei o teu nome,
Escrevo já aqui "não-sei-o-quê@.com".
Eu vou-te reencontrar
Noutro bar de estação,
Ou talvez quando perder mais um avião.
O barco vai de saída,
Tu estás tão bronzeada
É tão bom ver-te assim, ardente
Tão queimada.

Eu quero reencontrar-te
Noutra esquina qualquer,
Sem saber o teu nome
Ou se ainda és mulher.
Quero reconhecer-te e beber um café,
Dizer-te de onde venho
e perguntar-te porquê.
Sorrir-te cá do fundo
e subir os degraus.
Eu quero dar-te um beijo
A cinquenta e tal graus.

Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada,
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê,
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez
Cá estamos nós outra vez...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mais verão...

E porque para além de post's patéticos há ainda tempo para deixar post's medíocres, aqui voltamos a tocar no verão.
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Está bem que o dia hoje não está propriamente veranil...
Digamos também que chuva no mês de Agosto é uma treta...
Mas continuamos a estar nesta bendita estação e, como em qualquer Verão que se preze, há que ter uma música a ela associada todos os anos.
Se o ano passado posso dizer que a minha música de verão foi a "Boa Sorte" da Vanessita e do Ben (que, mau azar o deles, ou o meu, de tanto ouvir comecei quase quase a enjoar), declaro então oficialmente que a música deste Verão é...(rufem os tambores)...
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"I'm yours" do Jason Mraz!!!
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Não bastava a música ser suficientemente fresquinha, tinha ainda de ser cantada por um jeitoso daqueles!
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Caso para dizer: "Mraz!!! I'm yours!!!" (se ele quisesse...)
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domingo, 10 de agosto de 2008

Bailes de Verão

Ora parece-me que afinal voltei mais cedo do que o previsto, já que a inspiração me assaltou, ao mesmo tempo de uma chamada que me acordou, às 13h, solicitando a minha presença numa praia perto de mim...a qual recusei (isso, chamem-lhe burra!!!).

Mas falando de coisas sérias: os abençoados Bailes de Verão.
Este fenómeno singular na natureza costuma acontecer apenas numa época do ano, precisamente no Verão. Pode durar alguns dias, entre dois fins-de-semana a uma semana inteira, e habitualmente "ajunta" (como em bom "Bailês" se diz) toda uma panóplia de seres bizarros.
O tipo de festividades também varia: são desde concentrações MotardEs Gatos da PicaMurcha, a Bailes MEGAlómanos em terriolas de nomes absolutamente ZOUPARRIAntes. Os bizarros seres, que têm como habitat natural este tipo de manifestações, são identificáveis a olho nu:

- Há os indivíduos de longos cabelos e barbas compridas, apresentando coletes de cabedal e lenços ao pescoço (a última moda desde há décadas), e que não utilizam cuecas, de modo a fazer juz à filosofia do "Andar em liberdade". O gosto musical é comum entre esta espécie: Xutos e Pontapés; não se manifestando grandemente, quando se aproximam de Rios Grandes e Gordos (à excepção de um ou outro, em que a incontinência o obriga a andar de penico na mão).

- Temos ainda o fiel consumidor do Fino e do bitoque no pão (quando este pitéu já se esgotou, umas moelas no pão também são aceites). Esta espécie pode também ser identificável noutros contextos que não os de Baile, num qualquer café Central com umas "Mine's" e um prato de "Tramoços" e "Minuíns" à frente. Estes seres dirigem-se aos bailes fundamentalmente para beber e apreciar as "cachopas" presentes.

- Depois temos também os turistas, aqueles que, não fazendo parte destes ambientes, uma ou outra vez decidem sair da toca para "ajabardar" noutras redondezas, mas atenção que nenhum deles é "um jabaliiiiii!!!!".
Enquanto forasteiros estes seres têm como objectivo beber até cair (nem que seja ao praticar uma qualquer arte marcial de karaté kid, ou mesmo no hall de entrada da própria casa), e fazer as mais tristes figuras, desdenhando os comentários dos conterrâneos locais, como subir a palcos, de fino na mão, para dançar com os atrevidos vocalistas, e demonstrar o espectacular passo D'Almeidanizado.
Depois desta dinâmica grupal há que voltar a casa e regressar de novo (com o risco de apanhar brigadas ou ter um acidente) na insconciência alcoolicamente induzida, para mais alguma rockalhada insanamente saudável: roubar antenas; mijar em casas alheias; roubar vassouras; descobrir garagens; passear de Smart; enfeitar pelourinhos; etc etc etc.
Com o amanhecer, esta espécie regressa então a casa, pegando no carro de outros, tão alcoolicamente afectados como eles, para assim voltar ao lar com a satisfação de quem passou uma noite em cheio, e de quem traz quatro croissants a fumegar, comprados num desvio feito à pastelaria do bairro.
Depois da barriguinha cheia, esta espécie costuma ainda deitar-se, agarrando-se às bordas da cama que teima em andar à roda, adormecendo de telemóvel na mão, e dormindo até que a secura a acorde.

De todas as espécies, esta última é a minha preferida :)

sábado, 9 de agosto de 2008

Nota de boas vindas...a mim!

E foi depois de alguém perguntar "Olha lá, porque não fazes um blog?" que me decidi então a embrenhar pelos caminhos da blogosfera.

Esta decisão não foi tomada de ânimo leve, houve algum tempo de profunda reflexão (uns longos 3 segundos viriam a determinar a decisão).

Agora eis-me aqui, disposta a vos deixar post's verdadeiramente patéticos, dando-vos assim a conhecer a minha verdadeira essência, e contribuindo definitivamente para o crescimento da comunidade bloguística da treta.

Entretanto despeço-me por hoje. Voltarei quando a inspiração der sinal de si (quem sabe para o ano).

Hasta!